Jota.Pê canta Emicida, evoca Mayra Andrade, cai no forró com Xênia França e exalta a negritude no álbum ‘Se o meu peito fosse o mundo’

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Jota.Pê apresenta cinco das dez faixas do segundo álbum solo, ‘Se o meu peito fosse o mundo’, disco desmembrado em dois EPs
Tainá Valença / Divulgação
♪ Ao lançar o segundo álbum solo, Se o meu peito fosse o mundo, Jota.Pê segue a (má) tendência do mercado fonográfico de apresentar discos de forma fragmentada. No caso, o álbum do cantor e compositor paulista se divide em dois EPs que simbolizam o lado A e o lado B de futura edição do disco em LP.
Cada EP reúne cinco músicas. Se o lado B tem lançamento previsto para o primeiro trimestre de 2024, o lado A do álbum Se o meu peito fosse o mundo está disponível desde ontem, 27 de outubro.
Nesse disco inicial, Jota.Pê evoca na faixa Tá aê (Jota.Pê e Theodoro Nagô) a aura cabo-verdiana da obra da artista Mayra Andrade, traz o samba Um, dois, três (Jota.Pê) para a cadência do samba-rock com groove à moda do baile charme, exalta o orgulho negro em Ouro marrom (Jota.Pê, música lenta nascida da vontade de escrever sobre a dor do racismo), cai no forró com Xênia França ao regravar Naise (Nina Oliveira, 2018) e rebobina A ordem natural das coisas (Damien Seth e Emicida, 2019) em elo com Felipe Vassão, nome presente no último disco de estúdio de Emicida.
Não por acaso, Felipe Vassão assina com Rodrigo Lemos a direção musical do álbum Se o meu peito fosse o mundo, gravado no estúdio Gargolândia, em Alambari (SP), no interior do estado de São Paulo, em agosto deste ano de 2023, sob a direção artística de Marcus Preto.
O disco tem os toques dos músicos Chibatinha (guitarrista da banda baiana Àttøøxxá), Fi Maróstica (baixo), Kabé Pinheiro (bateria), Marcelo Mariano (baixo), Silvanny Sivuca (percussão), Samuel Silva (piano), Weslei Rodrigo (baixo) e Will Bone (metais), além do próprio Jota.Pê nos violões.
Nascido João Paulo Gomes da Silva em Osasco (SP), o paulista Jota.Pê lançou há oito anos o primeiro álbum solo, Crônicas de um sonhador (2015), ao qual se seguiu, seis anos depois, o EP Garoa (2021).
Paralelamente ao trabalho solo, Jota.pê atua como vocalista, compositor e violonista no duo ÀVUÀ, formado em 2020 com Bruna Black.
O álbum Se o meu peito fosse o mundo é o primeiro disco de Jota.Pê editado via Som Livre, gravadora com a qual o artista assinou contrato em abril.
Capa do lado A do álbum ‘Se o meu peito fosse o mundo’, de Jota.Pê
Divulgação

Fonte: G1 Entretenimento