Cão terapeuta ‘se aposenta’ após oito anos de trabalhos voluntários em Belo Horizonte

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Lost ‘fez atendimentos’ em hospitais, clínicas e asilos levando muito carinho e fofura aos pacientes. Abraço afetuoso da paciente no cão terapeuta Lost
Lucianne Gibram/Arquivo pessoal
Depois de oito anos “atendendo voluntariamente” em hospitais, clínicas e asilos, o cão terapeuta Lost Gibram, de 12 anos e 9 meses, vai se aposentar.
De acordo com a tutora dele, Lucianne Gibram, o golden retriever ganha o merecido descanso depois da última terapia assistida por animais (TAA) neste sábado (23). Ele começou a “trabalhar” em 2014.
Lost ‘atendendo’ paciente em hospital de BH
Lucianne Gibram/Arquivo pessoal
“Agora é só curtir a boa idade. Treze anos para um golden é muita coisa e ele volta muito cansado dos atendimentos”, diz Lucianne.
Ela conta que a “aposentadoria” foi orientação do médico veterinário José Lasmar, e que Lost levou muito carinho e fofura aos pacientes internados em hospitais – públicos e particulares –, clínicas e asilos.
A empresária Lucianne Gibram e o cão terapeuta Lost
Lucianne Gibram/Arquivo pessoal
A empresária fala que durante esses oito anos, Lost fez mais de 100 visitas, e que ele “pendura as chuteiras” após o último “atendimento” no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, no projeto Bom pra Cachorro, que iniciou-se em maio de 2019.
“Foram anos recheados de histórias lindas e incríveis, transformando a vida de muitas pessoas. O Lost é inspirador e contagiante. O cão que gosta de sorrir, que faz questão de ser abraçado, que ama nadar e que não dispensa um pão de queijo”, descreve.
Quem levava carinho também recebia
Lucianne Gibram/Arquivo pessoal
Terapia assistida por animais
A terapia assistida por animais (TAA) tem por objetivo manter o bem-estar físico, emocional, cognitivo e social de pacientes, tendo o animal como principal agente terapêutico.
De acordo com Lucianne, o pet é o elo com o paciente, e estudos apontam que, após 15 minutos com o bicho, eles têm melhoras – como a diminuição da ansiedade, da pressão arterial, da alta frequência cardíaca, dos triglicérides, do colesterol, do estresse e da depressão.
Lucianne Gibram e Lost, o ‘cãozeirense’
Lucianna Gibram/Arquivo pessoal
Displasia coxofemoral
Lucianne diz que Lost nasceu com displasia coxofemoral – distúrbio ortopédico que causa falha no encaixe do fêmur com a articulação do quadril, prejudicando os movimentos e a qualidade de vida.
“Ele nunca pôde correr e sempre teve lentidão. Por causa disso, o Lost foi o responsável por me desacelerar”.
Para estabilizar o problema, o cachorro faz natação, caminha e usa medicamentos. “Ele anda devagarinho e tortinho”, fala a tutora.
Lost nada para amenizar dor provocada pela displasia coxofemoral
Lucianne Gibram/Arquivo pessoal
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Fonte: G1 Entretenimento